segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Call for papers da Revista Galáxia

A Revista Galáxia, do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) divulgou recentemente sua chamada de artigos. Os temas são livres, basta contemplar o foco e escopo da publicação.

 A revista também prepara para a sua próxima edição o dossiê “Comunicação e partilha do sensível”, recebendo trabalhos com essa temática até o dia 25 de setembro, com publicação prevista para dezembro de 2011.

Entenda melhor o tema do dossiê

O tema do sensível tem comparecido em diferentes estudos da comunicação, abordado segundo um repertório de categorias extraídas de diferentes matrizes conceituais e disciplinas (fenomenologia, semiótica, pragmatismo, ciências cognitivas, dentre outros), relativamente desvinculados  – em graus variados – das formulações da Estética como disciplina filosófica, e voltado para a compreensão de fenômenos muito diversos, não apenas aqueles situados no campo da arte. Assim enquadrado, o tema surge tanto em estudos que se voltam para a compreensão da experiência estética proporcionada pelos produtos midiáticos quanto naqueles que procuram caracterizar a midiatização sob a égide de uma estesia generalizada, governada soberanamente pelo consumo, e que incide sobre as formas da vida em comum e da política.

 Nesse dossiê Galaxia propõe que se aborde esse tema a partir da questão da "partilha do sensível", ou seja, como um regime das formas que determinam o que se dá a sentir, ao recortar espaços, tempos e tipos de atividades que se prestam tanto a um compartilhamento (um comum partilhado) quanto a uma divisão, a uma distribuição exclusiva de partes nos espaços sociais (cf. Rancière). Tal formulação e, em particular, seus desdobramentos no que concerne às relações entre estética e política, oferecem um feixe de questões a serem exploradas no campo da comunicação, a saber:

a) Como pensar as noções de comum e de comunidade diante da crescente afirmação e disseminação do processo de midiatização como configurador principal das interações comunicativas contemporâneas?

b) Se a arte propõe diferentes figuras da comunidade, quais são as figuras midiáticas do comum? Que visibilidades elas assumem no mundo contemporâneo?

c)  É possível conceber novos vínculos entre a estética e a política, para além da tese da estetização ou espetacularização da política? Como? Que teorias nos auxiliam nessa direção?

d) De que modo os produtos midiáticos e demais formas audiovisuais (como o cinema documentário e de ficção, por exemplo) podem reconfigurar a partilha do sensível na organização de suas formas expressivas ou de sua escritura?

e) É ainda possível falar em "imagens dialéticas" e em "aura", como faz Didi-Huberman ao se pensar em novas partilhas do sensível?

f) Como a comunicação pode colaborar numa alteração biopolítica da partilha do sensível se os regimes hegemônicos tornam invisíveis certas manifestações estéticas não hegemônicas?

Para mais informações, acesse o site da Revista Galáxia.